19.6.08
CELEBRAÇÃO DA ARTE EM NITERÓI
O próximo dia 20 de junho será marcado pela terceira edição do Paiol Cultural. Ao unir dança, teatro, música, cinema, exposições e poesia, o Paiol busca integrar todas as artes, permitindo ao público comunicar-se com elas e, da mesma forma, divulgar a produção das cidades de Niterói e São Gonçalo.
Assim como as edições anteriores, que ocorreram em 16 de dezembro de 2007 e 30 de março deste ano, o Paiol contará novamente com a presença da Banda Mãos Calejadas, do grupo Os Ninguém, do comediante João Sena, do poeta Anísio Aguilar, dentre outros artistas. Também continua nesta edição a parceria da Editora da Universidade Federal Fluminense (EdUFF) com o evento.
Entre as revelações que serão apresentadas estão os poetas Fábio Santana e Larissa Mitrof. Porém, a grande novidade do terceiro Paiol será a inclusão de uma forma de expressão que não esteve presente nas edições anteriores: o cinema, representado pela apresentação de diversos curtas metragens.
O Paiol Cultural começará às 19 horas na Galeria de Artes do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF), bloco O, no campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense (UFF). O evento é bimestral e a entrada é franca.
Serviço:
Dia: 20 de junho
Hora: das 19 às 22h
Onde: Galeria de Artes do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF), bloco O, campus Gragoatá da UFF. Pça. Leoni Ramos, s/nº - Gragoatá, Niterói.
Mais informações:
Paiol Cultural
Ana Caroline Chaves(21) 96296925
Jéssica Santos (21) 81962015
E-mail: paiolcultural@gmail.com
Site: http://paiolcultural.v10.com.br
PROGRAMAÇÃO:
MÚSICA
Os Ninguém
Lançamento do CD de Cidel Trindade
POESIA
Lisa Ster Coy
Fábio Santana
Larissa Mitrof
Anísio Teixeira
Beatriz Provasi
DANÇA
Jennifer Santos
Clarissa
Aline
TEATRO
Stand up Comedy - João Sena
ARTES VISUAIS
Cinema - Curtas
13.6.08
Poemática faz São João em ritmo de Poesia
O evento “Poemática – A indisciplina da poesia” encerra as atividades do primeiro semestre em clima de festa, dia 25/6, quarta-feira, a partir das 19h, na Galeria de Artes do ICHF. Com o tema “Viva São João! – Festa da Poesia Popular Brasileira”, terá como foco a literatura de cordel e outras manifestações poéticas populares, poesia das ruas, das praças, da vida, do dia-a-dia... Além de ritmos regionais, forró, decoração, traje típico e tudo que compõe o clima das tradicionais festas de São João.
Iniciado em março deste ano, o Poemática acontece toda última quarta-feira de cada mês, sempre com um tema diferente, convidados especiais, palco aberto para manifestações do público e entrada franca. Este mês terá como convidados os integrantes do grupo de poesia Ratos di Versos (Carluxo, Dalberto Gomes, Daniel Soares, Dudu Pererê, Juliana Hollanda e Marcelo Nietzsche), a atriz Ivny Matos, o cordelista Ovídeo Pereira, os poetas Felipe Cataldo, Flavio Nascimento, Marcelo Girard, os músicos Elma Alegria, Gustavo Saba, Paulo Roberto Chumbinho e o grupo Mãos Calejadas. Os coordenadores Bárbara Araújo, Beatriz Provasi, Betina Kopp, Fernão Monteiro, Marcela Giannini, Maysa Brito e Pierre Crapez puxarão a quadrilha poética, tirando a poesia para dançar... O correio do amor especial receberá mensagens em versos, e quem for à caráter ganhará crédito na barraca do beijo!
A Galeria de Artes do ICHF fica no Campus do Gragoatá da UFF, Bloco O, térreo.
Mais informações pelo e-mail galeriadeartes@vm.uff.br ou na página www.galeriadeartesdoichf.blogspot.com .
18.5.08
18/5: Dia Nacional da Luta Antimanicomial
O Movimento Antimanicomial tem o dia 18 de maio como data de comemoração no calendário nacional brasileiro. Esta data remete ao Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, ocorrido em 1987, na cidade de Bauru, no estado de São Paulo.
Na sua origem, esse movimento está ligado à Reforma Sanitária Brasileira da qual resultou a criação do Sistema Unico de Saúde - (SUS); está ligado também à experiência de desinstitucionalização da Psiquiatria desenvolvidas em Gorizia e em Trieste, na Itália, por Franco Basaglia nos anos 60.
Como processo decorrente deste movimento, temos a Reforma Psiquiátrica, definida pela Lei 10216 de 2001 (Lei Paulo Delgado) como diretriz de reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental, transferido o foco do tratamento que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos.
O Movimento Nacional de Luta Antimanicomial (MNLA) é um movimento social existente há 17 anos e disseminado por todos os estados do Brasil. Tem como metas o fechamento de hospícios e manicômios do país e a promoção de uma cultura de tratamento, convivência e tolerância, no seio da sociedade, para as pessoas com sofrimento emocional de qualquer tipo.
16.5.08
12.5.08
Teatro: Sobre os males do fumo, 14/5 às 18h30
Sobre os Males do Fumo
de Anton Tchekhov
Com Jorge Miguel Mayer
Direção: Luís Carlos Sil
Dia 14/5 (4ª feira), às 18h30
(única apresentação - após a peça, debate com o ator)
Galeria de Artes do ICHF
(Campus do Gragoatá da UFF - Bloco O - térreo)
28.4.08
poemática
p/ os Voluntários da Pátria
poetas do mundo, uni-versos!
enquanto homens se travestem de máquinas
cálculos, matemáticas
nós instauramos a poemática
a indisciplina da poesia
contra tudo o que disciplina
contra tudo o que freia e atrofia
contra tudo o que compra e vende
contra tudo o que domina, depende
e ainda mais alto que os “nãos”
nós cantamos os “sins”
como sinos intermitentes
nessa igreja que congrega a gente
mas não somos fanáticos
não somos lunáticos
embora, sim, uivemos pra lua
uivemos pra rua
uivemos pros becos, pros gatos, cachorros, pros lobos
porque quando um poeta uiva aqui
mais pra lá outro uiva também
e ainda um outro uiva além
e todos ouvem
e aí percebem que é lua cheia
e que isso é mais importante que os valores da bolsa
porque isso é humano
e os universos dos poetas
seus versos unos
os seus “uni-vos”
seus uivos incontidos
que fazem descer lá do céu
e pousar no chão da realidade
o de que o homem mais precisa
nesse mundo controverso
um pouco mais
de humanidade
Beatriz Provasi
22.4.08
Após o sucesso da primeira edição, realizada em março, em homenagem às mulheres, o evento passa a ser mensal, toda última quarta-feira de cada mês, com coordenação das poetas Beatriz Provasi (funcionária) e Bárbara Araújo (estudante da UFF). O próximo será em Homenagem ao Dia do Trabalhador (dia seguinte do evento), e contará com a participação do grupo Voluntários da Pátria e de poetas convidados, além de palco aberto para manifestações artísticas do público.
O grupo Voluntários da Pátria, fundado pelo músico Tico Santa Cruz, vocalista da banda Detonautas, conta também com a participação de Igor Cotrim, Betina Kopp, Tavinho Paes, Glad Azevedo, Bayard Tonelli, Pedro Poeta e Edu Planchêz. Através do Circuito de Música, Poesia e Reflexões Coletivas, o grupo tem levado a todo o Brasil suas performances artísticas e debates sobre a situação política e social do país, especialmente a escolas e universidades, mas também a presídios e espaços culturais. Além disso, promove manifestações, sempre muito criativas, contra a violência, a impunidade, a corrupção e outros males, atuando de forma voluntária e independente de partidos e organizações políticas. Em sua primeira apresentação na UFF, o grupo contará com o reforço de dois poetas do Rio, Gean Queiróz e Patrícia Carvalho-Oliveira, e dois de Niterói, Lucília Dowslley e Fernão Monteiro.
Mais informações sobre o grupo Voluntários da Pátria podem ser obtidas no site www.voluntariosdapatria.org.
5.4.08
NOTÍCIAS DA EXPOSIÇÃO
Márica Vinhas recebe o público na Galeria
Público assiste ao show de Eduardo Canto
Eduardo Canto solta a voz na Galeria
A música, as telas, o coquetel, o público: arte e confraternização na Galeria
Destaque para Vicky, a elegante e bem educada cadelinha da Nathália, filha da Márcia
31.3.08
A Galeria de Artes do ICHF abriga no mês de abril a exposição "Movimentos Fractais", de obras da artista plástica Márcia Vinhas, niteroiense radicada em São Paulo, que expõe pela primeira vez em sua cidade natal. O coquetel de abertura será na próxima sexta-feira, dia 4, às 18 horas, com show do músico Eduardo Canto. A visitação permanece aberta até o dia 25, de segunda a sexta-feira, das 16 às 20h, com entrada franca. A Galeria fica no Campus do Gragoatá da UFF, Bloco O, térreo.
Márcia Vinhas é artista plástica Colorista, Geométrica e Fractais.Todo o seu trabalho é feito “Alla Prima”, em tinta óleo, sem desenhos ou retoques, fazendo com que cada tela seja única. Toda a expressão está contida no estudo das cores e das pinceladas, que através de suas junções, fazem surgir movimentos, obtendo assim, efeitos tridimensionais.
- "A artista já participou de diversas exposições, e este ano ainda recebeu convite para participar da Primeira Bienal de Arte Contemporânea no México. Mas expor em Niterói, sua cidade natal, era um sonho que enfim se realiza. E uma oportunidade única para que seus conterrâneos conheçam seu trabalho e apreciem de perto a sua arte", afirma a curadora Beatriz Tavares.
Mais informações sobre o trabalho da artista podem ser obtidos na página www.marciavinhas.multiply.com. Informações sobre a exposição pelo e-mail galeriadeartes@vm.uff.br.
27.3.08
KARLA SABAH
meu corpo não agüenta
canso
um corpo é pouco
amanso
erro
e sigo em frente
berro
ninguém entende
choro
ninguém escuta
luto
não há saída
alma de artista
incompreendida
mundo
filho da puta
26.3.08
DENIZIS TRINDADE
às mulheres
sou uma mulher inteira,
fêmea em eterno cio,
sem medo de amar e errar.
sou bruxa, fada e guerreira
e enfrento até tempestades
no deserto e em alto-mar.
eu sou tudo e não sou nada
e sobrevivo às tormentas
sem escudo e sem espada.
sou amante das estradas
e namorada dos ventos,
por isso é que eu sigo em frente.
mais que tudo, eu sou mulher
para o que der e vier.
mais que mulher, eu sou gente.
25.3.08
MARIA REZENDE
No meio dos meus peitos mora o filho que eu vou ter.
O buraco que tem lá foi feito por ele em mim muito antes de chegar.
Desse buraco eu nasci.
Quando ele aparecer pra mulher que eu me tornei
é nesse buraco antigo,
bem no meio dos meus peitos,
que ele vai se encaixar.
Esse filho que vai vir faz meus dentes mais macios e ilumina o meu olhar.
Lá no fundo do buraco,
ocupando aquele espaço,
estão minhas dádivas mais raras:
as doçuras que eu cultivo,
minhas melhores palavras,
esperança armazenada esperando ele chegar.
O dia em que ele vier ocupar minha barriga
é nesse sonho vivido que ele vai se aconchegar,
até que meus peitos inchados jorrem no seu corpo novo
todo o leite abençoado que vai nos alimentar.
Desse instante eu vou viver.
24.3.08
BETINA KOPP
Ela passou
não olhou para trás
mas fez uma pequena pausa
durante 5 segundos pensei que pensou em mim.
Ela caminha
e as ruas parecem labirintos
passos e vôo.
Vou atrás dela.
Vôo.
Nada mais existia
virou jogo, playstation
e entrei de cabeça nessa luta
ocasional, passional, intelectual...
A intuição guiava
o instinto obedecia
e ela se escondia.
Eu já não podia mais parar.
Não importava o destino final.
Era ela.
Estar perto dela
sentir seu cheiro no vento
pisar naqueles passos
seguir seu rastro de luz
até escurecer...
E transcender essa ilusão.
23.3.08
BÁRBARA ARAÚJO
Essa vida como está
não me basta.
Essa ausência inerte,
a tristeza à mostra...
Cansei de viver entre alívios.
Cansei de chorares pequenos.
Cansei do semblante sem alma.
Cansei desses dias com calma.
Eu quero mais,
tanto mais.
Quero as estrelas
Quero as estradas
Quero cavalos sem estribo
Quero carícia
Quero delícia
Quero sentir sem sentido
Quero beber-te
Quero tragar-te
Quero gozar-te de amor
Quero a vida voraz
Quero perder a voz
Quero a minha vida
em multissabor
22.3.08
CLAUKY SABA
andam dizendo por aí que eu ando variando.
só porque eu sou eu e sou muitas eus,
em meu estilo básico louco romântico
inconstante depressivo maníaco
neurótico e bacana?
ando variando,
ora pé, ora cabeça
mudam de idéia,
mudam senso e direção.
ando variando,
ora amanheço, ora tardo,
mas, não falho,
só vario.
vario porque sou várias eus,
esfinges e coliseus,
indecifráveis, mas, fascinantes!
amo todas as minhas faces
como se nunca as tivesse visto antes.
sem recalques nem percalços,
ando com meus pés descalços.
21.3.08
ADRIANA MONTEIRO DE BARROS
para Clarice Niskier
Não aprendi a me conter.
Ainda vazo. Infiltro.
Ainda derramo.
Deságuam em mim correntezas. Rios sem margens.
Viver é ato contínuo.
Forma de eternizar o presente.
E há muitas formas.
Todas elas me cabem.
Todas elas me existem.
Umas desfolham. Outras me vestem.
Umas, outono. Outras, inverno.
Certas estações me vertem, sendo água.
Certas pessoas me transpiram, sendo quentes.
Acho que meu fluxo brota em letras.
Depois de escrever, eu jorro para o mundo.
20.3.08
MADAME KAOS
para os artistas do Hospital Psiquiátrico de Engenho de Dentro
Que impulsos obscuros que movem tuas mãos?
Qual a cor da tinta que corre em tuas veias?
Que textura é essa que expressam teus olhos?
Quanto de ti tinge a tela?
Quantos de ti tingem a tela?
Que mundos giram em torno de ti?
Com que luz iluminas a terra?
Com que luz iluminas as trevas?
Como colores o cinza?
Com que cinzas que fazes o fogo?
Com que fogo me queimas a alma?
Com que loucura se cria?
Com o que se cria a loucura?
Com que tinta, em que tela, te tingiram louco?
Quem pintou o mundo assim, e não de outra forma?
Qume pintou o mundo e te deixou de fora?
Quem pintou essa tela sem cor, sem forma?
Quem pintou a norma?
Quem pintou a norma?
E se Norma fosse uma bela mulher esculpida pelas mãos de um louco?
E se de tão louco, Norma fugisse à norma e fosse mais bela que a mais bela das belas?
E a ira das menos belas se voltasse contra ela?
Ela seria banida, cercada de muros, teria as mãos amarradas ao corpo para que não pudesse acariciar?
E se ainda assim fosse bela com olhos cheios de luz?
Seria drogada e dopada para mais nada enxergar?
E se ainda restasse um lampejo de vida na estátua esculpida?
E se alguém sugerisse eletrochoque e sua luz virasse trevas?
Será que a Norma se tornaria “normal”?
Ou apenas invisível a olhos nus?
Não habituados a tanta luz?
ÚTEROS, de Juliana Hollanda
para todas as mulheres
os úteros serão os primeiros a mordiscar a pele invadida dos seres extraterrestres através de experiências extra-sensoriais. eles vão rasgar fundo a dor que habita os baços cansados dos homens que possuem o objeto cortante do amor.
cuidado!
eles vão perfurar cartilagens da alma e conversar com os surdos companheiros das curiosidades que apaixonam raízes. árvores frondosas e belas que procriam com a terra irrigada, a chuva de lágrimas curtas da menina, que secou os cabelos com o secador na temperatura máxima.
úteros vão temperar a carne com o gosto suave das mãos cheias de creme hidratante e energia solar. ao mesmo tempo, vão saborear o vermelho sangue, das pegadas frias, de um tênis que chora. pobre all-star vermelho cansado de andar; as borrachas já soltas, sem cola e com furos no dedão do pé.
úteros que fervem no encontro de cérebros, como a água do talharim insosso, que vão servir no jantar para os namorados impacientes de terno e gravata sem nenhuma inspiração.
úteros tremem de terremoto e, molhados de ondas do mar, serão os primeiros a dar a descarga e jogar os restos de ilusão confusa na latrina.
úteros vão se perder na sarjeta de uma costura malfeita.
úteros gritam o medo de morrer sozinhos e sem personalidade.
úteros não se acomodam com uma companhia displicente do lado.
AUTO-RETRATO, de Marcela Giannini
Como ir a fundo,
Se eu não tenho fundo
Como, tendo o mundo nas mãos
Nada ter no mundo
Pra quê ler a estória
Se eu já sei o final
Como rir da piada
Se já me contaram uma versão quase igual
Como querer resolver o problema
Se eu o desmistifico antes do fim
Como vencer
Se eu me adianto
E chego sempre
Antes de mim?
Na próxima 5ª feira, dia 27/3, às 19h, vai rolar na Galeria de Artes do ICHF o recital Poemática - A indisciplina da poesia, em meio às tantas disciplinas acadêmicas do dia-a-dia da Universidade.
O evento, que será realizado mensalmente, tem como tema da primeira edição mulheres que fazem a poesia contemporânea, inspirado no dia 8 desse mês, Dia Internacional da Mulher. Regem essa sinfonia de palavras as poetas Adriana Monteiro de Barros, Bárbara Araújo, Betina Kopp, Clauky Saba, Denizis Trindade, Karla Sabah, Kyvia Rodrigues, Maria Rezende e o grupo Madame Kaos, formado por Beatriz Provasi, Juliana Hollanda e Marcela Giannini. Além dos versos de própria autoria, as convidadas recitarão obras de outras/os poetas, consagradas/os ou novas/os, dentro da temática feminina, em seus aspectos políticos, afetivos, existenciais e suas tantas possibilidades artísticas. Na parte final do recital, o palco fica aberto para quem quiser poetar.
A poesia feita por mulheres, difundida no Brasil por grandes nomes como Clarice Lispector e Cecília Meirelles, é de uma riqueza e diversidade por vezes desconhecida, principalmente no cenário artístico atual. Dessa forma, a primeira edição do Poemática procura, de um lado, colocar em foco as mulheres que fazem poesia e, de outro, a pluralidade de assuntos por elas discutidos.
A Galeria de Artes do ICHF fica no Campus do Gragoatá da UFF, Bloco O, térreo. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail galeriadeartes@vm.uff.br ou na página www.galeriadeartesdoichf.blogspot.com.
2.3.08
ICHF HOMENAGEIA AS MULHERES EM MARÇO
Serão exibidos, ainda, “Camille Claudel” (França, 1988), de Bruno Nuytten, no dia 12; “Xica da Silva” (Brasil, 1976), de Cacá Diegues, no dia 19; e “Rosa Luxemburgo” (Alemanha, 1985), de Margarethe von Trotta, no dia 26. A última sessão será seguida de debate com as professoras Magali Engel (FFP/UERJ), Rachel Soihete (História/UFF) e Suely Gomes (Serviço Social/UFF).
O encerramento será no dia 27/03, quinta-feira, a partir das 19h, com o evento Poemática – A indisciplina da poesia, que terá como tema “Mulheres que fazem a Poesia Contemporânea”, com apresentações de várias poetas convidadas.
A Galeria de Artes do ICHF fica no Campus do Gragoatá da UFF, Bloco O, térreo. Mais informações na página www.galeriadeartesdoichf.blogspot.com ou pelo e-mail galeriadeartes@vm.uff.br.
31.10.07
RECITAL HOMENAGEIA MAIAKÓVSKI, POETA DA REVOLUÇÃO
Dando continuidade às atividades em comemoração aos 90 anos da Revolução Russa, iniciadas em outubro com uma mostra de cinema soviético (vide abaixo a programação), o Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da UFF realizará o Recital de Poesia Revolucionária em Homenagem a Maiakóvski, dia 8/11 (5a feira), a partir das 19h, em sua Galeria de Artes, com entrada livre. Às 17h30, a movimentação começa do outro lado da Baía de Guanabara, na Praça XV, onde os poetas do Rio se concentrarão para pegar a Barca que os conduzirá a Niterói numa travessia poética.
O evento contará com a presença de diversos poetas que movimentam o cenário da poesia carioca, em eventos como CEP 20.000 (Chacal), Poesia Voa (Tavinho Paes), Conversa Portátil (Pedro Lage), Filé de Peixe (Alex Topini e Felipe Cataldo), Ratos di Versos (Juliana Hollanda, Daniel Soares, Dudu Pererê, Dalberto Gomes, Marcelo Nietzsche e Carluxo), e do grupo Os Sete Novos (Augusto de Guimaraens Cavalcanti). Terá ainda a participação da poeta e jornalista Cristina Terra, fundadora do Movimento Pró-Maiakóvski e propagadora do trabalho do poeta. Além dos músicos Cláudio Salles e Guto Beluco. As projeções de imagens da época, filmes e cartazes ficarão por conta de Maurição Antoun. E regendo essa grande orquestra poético-sonora-visual, a poeta Beatriz Tavares, curadora da Galeria. Os poetas falarão poemas de Maiakóvski, poemas revolucionários de outros autores e de própria autoria.
Vladimir Maiakóvski (1893-1930), chamado “o poeta da revolução”, esteve engajado na construção do processo revolucionário da nascente União Soviética, e também na revolução de sua própria arte, se configurando não só num dos maiores poetas russos, como também de todo o mundo. A revolução, em Maiakóvski, está presente na forma e no conteúdo, em sua obra e em sua vida. Mesmo a tendo interrompido com um tiro no peito, seus poemas o ressuscitam ainda hoje, falando, inclusive, diretamente aos “camaradas futuros”, como em um verso do poema “A plenos pulmões”. E agora, os “camaradas futuros”, poetas de hoje, darão a seus versos fôlego novo neste recital.
CINECLUBE GALERIA DE CINEMA
MOSTRA DE CINEMA SOVIÉTICO
PROGRAMAÇÃO DE NOVEMBRO:
Dia 07/11, 13h
OUTUBRO (1928), de Sergei Eisenstein
Dia 07/11, 20h
RÉQUIEM A LENIN (1934), de Dziga Vertov
Dia 14/11, 13 e 19h
A GREVE (1924), de Sergei Eisenstein
Dia 21/11, 13 e 19h
O ENCOURAÇADO POTEMKIN (1925), de Sergei Eisenstein
TEMPESTADE SOBRE A ÁSIA (1928), de Vsevolod Pudovkin
Dia 28/11, 19h
TERRA (1930), de Alexander Dovzhenko
Ps. Por problemas técnicos os filmes "Tempestade sobre a Ásia" e "Terra" não foram exibidos na programação de outubro, por isso alteramos a programação do dia 28/11 para poder exibi-los.
27.9.07
Os 90 anos da Revolução Russa estarão em foco durante os próximos meses no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da UFF. Além do ciclo de debates que está sendo programado para a primeira semana de novembro, dentre outras atividades, começa, já na próxima semana, uma mostra de cinema soviético, que integra a programação do Cineclube Galeria de Cinema, com exibições às quartas-feiras, às 13 e às 19h, na Galeria de Artes do ICHF (Campus do Gragoatá, Bloco O, térreo). A entrada é franca.
Na abertura, dia 3/10, os professores José Carlos Monteiro (Cinema) e Luiz Alberto Sanz (Comunicação) contextualizarão os filmes em debates sobre o cinema soviético, após as sessões de “Um homem com uma câmera”, de Dziga Vertov, às 13 e às 19h, respectivamente.
Serão exibidos alguns dos principais filmes de cineastas que revolucionaram a linguagem do cinema tanto do ponto de vista técnico como conceitual, seja através da câmera de Vertov ou da montagem de Eisenstein, construindo um cinema verdadeiramente revolucionário na forma e no conteúdo. Clássicos soviéticos como “A mãe”, de Pudovkin, “Terra”, de Dovzhenko, e “O Encouraçado Potemkin”, de Eisenstein, compõem a mostra.
“Outubro”, de Eisenstein, realizado em comemoração aos 10 anos da Revolução, volta à tela no dia em que se completam 90, dia 7/11, às 13h. No mesmo dia, às 20h, será exibido “Réquiem a Lênin”, de Vertov, uma homenagem ao líder soviético realizada 10 anos após a sua morte.
A mostra se encerra no dia 28/11 com mais um debate, após a exibição de “Traição na campina”, filme de Eisenstein reconstituído a partir de stills, imagens e frames que sobreviveram, já que as filmagens haviam sido interrompidas e quase todo o material filmado se perdeu.
Mais informações na página www.galeriadeartesdoichf.blogspot.com ou pelo e-mail galeriadeartes@vm.uff.br.
Segue abaixo a programação completa da mostra:
Dia 3/10, 13 e 19h
UM HOMEM COM UMA CÂMERA (1929), de Dziga Vertov
Debate após o filme:
13h: José Carlos Monteiro (Departamento de Cinema/UFF)
19h: Luiz Alberto Sanz (Departamento de Comunicação/UFF)
Dia 10/10, 13 e 19h
CÂMERA-OLHO (1924), de Dziga Vertov
Dia 17/10, 13 e 19h
A MÃE (1924), de Vsevolod Pudovkin
Dia 24/10, 13 e 19h
TEMPESTADE SOBRE A ÁSIA (1928), de Vsevolod Pudovkin
Dia 31/10, 13 e 19h
TERRA (1930), de Alexander Dovzhenko
Dia 07/11, 13h
OUTUBRO (1928), de Sergei Eisenstein
Dia 07/11, 20h
RÉQUIEM A LENIN (1934), de Dziga Vertov
Dia 14/11, 13 e 19h
A GREVE (1924), de Sergei Eisenstein
Dia 21/11, 13 e 19h
O ENCOURAÇADO POTEMKIN (1925), de Sergei Eisenstein
Dia 28/11, 13 e 19h
TRAIÇÃO NA CAMPINA (1935-37), de Sergei Eisenstein
Debate após o filme.
5.9.07
31.8.07
Brasil é tema da Galeria de Cinema do ICHF em setembro
Dia 05, serão exibidos o curta “Poeminha biológico para JB” (2006), de Christian Caselli, e o longa “Terra em transe” (1967), de Glauber Rocha. Personagens típicas do Brasil de hoje e de ontem, os políticos corruptos - reais ou fictícios - estão no centro das narrativas de ambos.
Dia 12 é a vez de “Quem matou Elias Zi?” (1986), curta de Murilo Santos, seguido de “Vidas secas” (1963), de Nelson Pereira dos Santos. Aqui a personagem é o povo, o trabalhador rural e o retirante nordestino, expulsos de suas terras pela força dos homens e pela força da natureza, respectivamente.
Dia 19, o operariado entra em cena em “Eles não usam black tie” (1981), de Leon Hirszman, antecedido pelo curta “Criaturas” (2005), de Márcia Brêtas, onde temos já um ex-operário no poder.
Dia 26, tanto o plano geral do Brasil de “Cronicamente inviável” (2000), de Sérgio Bianchi, como o plano detalhe de “Ilha das flores” (1989), curta de Jorge Furtado, revelam a lógica perversa do sistema de exclusão social do país.
Após as sessões, o público presente poderá ainda debater os temas suscitados, ou deixar comentários on line acessando www.galeriadeartesdoichf.blogspot.com .
16.5.07
Apresentações de teatro, música e performance
Exibição de filmes
Mesas Redondas
Istituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF)
Campus do Gragoatá da UFF, Bloco O
Diretor do Instituto de Ciências Humanas e Filosifia da UFF
Mandalas e Inconscientes
De 16/05 a 1º/06, no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF)
Campus do Gragoatá da UFF, Bloco O
ENTRADA FRANCA
Local: Auditório do ICHF (Bl.O - 2º andar)
19h: Conferência de Abertura
Local: Auditório do ICHF (Bl.O - 2º andar)
Edmar Oliveira - Diretor do Instituto Municipal Nise da Silveira
Eduardo Rocha - Diretor do Hospital Psiquiátrico Jurujuba
20h30: Coquetel de Abertura da Exposição “Mandala”
Local: Galeria de Artes do ICHF (Bl.O - térreo)
Obras do acervo do Museu de Imagens do Inconsciente
Exposição “Mandala”
Local: Galeria de Artes do ICHF (Bl.O – térreo)
Local: Auditório do ICHF (Bl.O - 2º andar)
Debate com Lula Vanderlei – Diretor do Espaço Aberto ao Tempo
Local: Tablado do ICHF (Bl.O - Pilotis)
Clientes em Saúde Mental - Hospital Psiquiátrico Jurujuba
Coordenação: Cláudia Simoni)
Local: Auditório do ICHF (Bl.O - 2º andar)
Eduardo Passos - Psicologia/UFF e CAPS
Silvia Tedesco - Psicologia/UFF
Cláudia Mara de Melo Tavares - Enfermagem/UFF
Local: Auditório do ICHF (Bl.O - 2º andar)
Debate com Austregésilo Carrano Bueno, autor do livro “Canto dos Malditos”, que inspirou o filme.
Local: Tablado do ICHF (Bl.O - Pilotis)
Clientes em Saúde Mental - IPUB/UFRJ (Coordenação: Vandré Vidal)
Local: Auditório do ICHF (Bl.O - 2º andar)
Francisco Leonel - Psicologia/UFF
Patrícia Schimid - Gerente Médica do Instituto Municipal Nise da Silveira
Helcio Fernandes Mattos - Diretor do Instituto da Saúde da Comunidade
Maritelma Vieira dos Santos - Coordenadora do Programa de Saúde Mental de Niterói
Moderadora: Profª. Anelize Araújo - Psicologia/UFF
Local: Auditório do ICHF (Bl.O - 2º andar)
Local: Tablado do ICHF (Bl.O - Pilotis)
Clientes em Saúde Mental - CPRJ (Coordenação: Sidney M. Dantas)
Local: Auditório do ICHF (Bl.O - 2º andar)
Walter Boechat - Instituto Jungiano
Letícia Balbi - Psicologia/UFF
Bethania Sampaio C. Mariani - Letras/UFF
Regina Benevides - Psicologia/UFF
Moderador: Prof. Paulo Vidal - Psicologia/UFF
Com exibição do filme “Estrela de 8 pontas”, de Fernando Diniz e Marcos Magalhães
Local: Auditório do ICHF (Bl.O - 2º andar)
Gladys Schincariol - Museu de Imagens do Inconsciente
Gilberto Gouma - Produção Cultural/UFF
Marcos Magalhães - Diretor do filme
Cristina Rauter - Psicologia/UFF
Moderadora: Profª. Maria Lídia Alencar - Psicologia/UFF
Local: Tablado do ICHF (Bl.O - Pilotis)
Clientes em Saúde Mental - Espaço Aberto ao Tempo (Coordenação: Lula Vanderlei)
UFF - Universidade Federal Fluminense
ICHF - Instituto de Ciências Humanas e Filosofia
GSI - Departamento de Psicologia da UFF
SPA - Serviço de Psicologia Aplicada
Galeria de Artes do ICHF
Instituto Municipal Nise da Silveira
Museu de Imagens do Inconsciente
NUCS - Núcleo de Comunicação Social da UFF
RIOFILME
EDG Gráfica
15.5.07
2.5.07
Panorama histórico de regimes socialistas do séc. XX é tema de maio na "Galeria de Cinema"
A trajetória começa em 1905, na Rússia czarista, com a revolta dos marinheiros de "O Encouraçado Potemkin" (URSS, 1925), de Sergei Eisenstein, dia 2, às 10 e às 18h;
Segue-se com a Revolução Soviética de 1917 em "Outubro" (URSS, 1928), de Sergei Eisenstein, dia 9, às 10 e às 18h;
"Memórias do Subdesenvolvimento" (Cuba, 1968), de Tomás Gutiérrez Alea, apresenta um panorama dos primeiros anos da Revolução Cubana, dia 16, às 10h;
"Morango e Chocolate" (Cuba, 1994), de Tomás Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabío, aprofunda a análise sobre a sociedade e o regime cubanos do final da década de 70, dia 23, às 10h.
"Adeus, Lenin!" (Alemanha, 2003), de Wolfgang Becker, encerra a mostra com a queda do muro de Berlim, dia 30, às 10h.
Após as sessões, o público presente ainda poderá debater os temas suscitados.
25.4.07
18.4.07
11.4.07
4.4.07
27.3.07
28.11.06
7.11.06
31.10.06
19.9.06
18.9.06
Curadora da Galeria de Artes
18/09 (2a feira): Da última geração
“Trocadim, dotô” (2006), de Daniel Paiva
“Frio” (2006), de Álvaro Furloni
“Fim de Expediente” (2006), de Alexandre Sivolella Barreiro
“Hora Extra” (2006), de Davi Kolb
“Ruivos” (2004), de Aristeu Araújo
“Epifania de mamãe” (2005), de Dostoiewski Mariatt
“Tentação” (1982), de Edilson Vidal e Teresa Andréa
“Boca a Boca” (2003), de Allan Ribeiro
“Arábia” (2000), de Tiago Morena
“WM” (2003), de Bernardo Ururahy e Juan Carlos González
“Um filme para cinema” (1979), de Luelane Corrêa
“Violurb” (1985), de Cleumo Segond
“Era Araribóia um astronauta?” (1998), de Tetê Mattos
“Os donos da morte” (2001), de Alexandre Guerreiro
“PSW – Uma crônica subversiva” (1987), de Paulo Halm e Luiz Arnaldo Campos
22/09 (6a feira): Miscelânea 1
“Artaud e seu duplo” (2005), de Fábio Terre
“O perdedor” (2006), de Vitor Leobons
“Dinheiro” (1989), de Aaron Koenig e Christina Koenig
“Bach Experimental” (1990), direção coletiva
“Uma casa muito engraçada” (1996), de Toshie Nishio
“Gêmeos” (2002), de André Metello
“Dia internacional da preguiça e contra a inércia” (2002), de Candy Saavedra e Carla Miguelote
“Bar Natal” (1984), de Wilson Paraná
“Onde a noite acaba” (2005), de Poliana Paiva
“Perdi a cabeça na linha do trem” (1992), de Estevão Ciavatta Pantoja
“Papo de Botequim” (2004), de Allan Ribeiro
“Na calada da noite” (1986), de Luiz Arnaldo Campos e Paulo Halm
“O vestido dourado” (2000), de Aleques Eiterer, Alexandre Guerreiro, Alexandre Seigarro, Flávio Magalhães e Renata Abreu
“Meninas” (2005), de Dostoiewski Mariatt e Rafael Leal
“Vê que não estou chorando” (2005), de Dostoiewski Mariatt e Rafael Leal
“Um sol alaranjado” (2001), de Eduardo Valente
“A caixa preta” (1994), de Alexandre Plosk
“Terral” (1995), de Eduardo Nunes
“Cão Guia” (1999), de Gustavo Acioli
“Oi Laura, oi Luis” (1998), de Márcio Melges
“Gostosa” (1991), de Pablo Torres Lacal, Márcia Nascimento, Alexandre Plosk e Cléber Rezende
“Meninas” (1997), de Paula Alves
“A aparição de Madalena” (2005), de Fernando Secco
“Amor que fica” (2005), de Lara Dezan
“O Palhaço Xupeta” (1996), de Carlos Sanches e André Luiz Sampaio
“Kaiju Eiga” (1996), direção coletiva
“Nictheroy em foco” (1988), de Gustavo Cascon, Paulo André Lima, Marcos Santos Lima, Geison Santana e Luiz Guimarães de Castro
“O combustível do futuro” (1989), de Gustavo Cascon
“Uma estrela pra Ioiô” (2003), de Bruno Safadi